quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Relacionamentos

É incrível a grande capacidade que o homem tem de relacionamento. Na verdade, estou aqui digitando este post no meu notebook, tomando um chimarrão com todo o conforto do mundo graças a grande capacidade de relacionamento do homem. Entre outras coisas foi a capacidade de relacionamento do homem que nos permitiu ir tão longe. Somos de natureza coletiva mas creio que esse coletivismo, no fundo, é bastante individualista.

Acho que não existe nada neste mundo que não façamos por nós mesmos. Isto é biológico. Nosso cérebro nos condiciona a fazer somente coisas que nos fazem bem. Nosso cérebro é egoista pois pensa somente nele.

Muitos então vão pensar "Ah, mas e as pessoas que contribuem com fundos de caridade? Existem pessoas que ajudam os outros sem esperar nada em troca. Estas pessoas não são egoístas".

Não, estas pessoas não são egoístas se pensarmos da forma capitalista. Estas pessoas dão dinheiro e não recebem dinheiro nenhum dessa doação. Por isso é uma doação. Mas, se pensarmos mais a fundo, veremos que estas pessoas pensam nelas mesmas sim. O que estas pessoas ganham em troca é o prazer de estar ajudando. Ajudar o próximo nos dá um grande prazer e é isso que buscamos. Pensando dessa forma realmente não existe nada que façamos que não seja para benefício próprio.

Com os relacionamentos não é diferente. Apenas nos relacionamos com pessoas com as quais sabemos que podemos ganhar algo. O que queremos ganhar não importa (dinheiro, bons momentos, alguém para se abrir, um companheiro para baladas, conhecimento,sexo, etc), o fato é que se não podemos ganhar nada com uma determinada pessoa, de nada vale se relacionar com essa pessoa.

Pode parecer cruel, mas acho q é por isso que muitas amizades terminam. Você tira tudo aquilo que pode aproveitar de seu amigo. Se chegar uma hora que você (seu cérebro) achar que não há mais nada de bom para tirar de seu amigo, a amizade termina ou simplesmente param de se ver.

A conclusão de tudo isso é que somos parasitas? Esta é uma forma muito pejorativa de ver as coisas. Acontece que essa dinâmica toda que expliquei acontece de forma muito natural sem percebermos. No entanto nos acrescenta muito entender esta dinâmica. Se seu amigo não faz mais tanta questão de te ver significa que, entre outras coisas, os interesses de um dos lados mudou (ou dos dois lados) e que os benefícios não condizem com os interesses.

No final das contas, de qualquer forma somos sempre interesseiros.